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quinta-feira, setembro 27, 2007
Evocação de Manuel Machado da Luz
SESSÕES NA CINEMATECA PORTUGUESA
OUTUBRO > 2007
A homenagem encerra com um colóquio que será realizado na Sociedade Nacional de Belas Artes, Rua Barata Salgueiro, 36, no dia 30 de Outubro às 18h30. O painel é composto por David Mendes Lopes, Eduardo Geada, Maria Teresa Horta e Manuel Neves.
CALENDÁRIO DE SESSÕES
Segunda-feira, 1 de Outubro, às 19h30
A PARADA DOS MONSTROS (Freaks)
Real. Tod Browning.
Arg. Willis Goldbeck, Leon Gordon, Edgar Allan, Al Boasberg, adaptado do romance de Tod Robbins, “Spurs”. Fot. Merritt B. Gerstad. Int. Wallace Ford (Phoroso), Leila Hyams (Vénus), Olga Baclanova (Cleópatra), Roscoe Ates (Roscoe), Henry Victor (Hércules), Harry Earles (Frida), Rose Dione (Mme. Tetrallini), as irmãs siamesas Daisy e Violet Hiltons, o homem-tronco Johnny Eck, o anão Angelo, o torso-vivo Rudiar, etc. Prod. MGM, USA, 1932.
Duração: 64 minutos. P.b.
A história baseia-se num fait divers. A bela Cleópatra, acrobata, finge amar um anão (Ângelo), casando com ele para o roubar, e tenta, com a cumplicidade do atleta Hércules, envenená-lo.
Quinta-feira, 4 de Outubro, às 22h00
AMÉRICA – TERRA DE ESPERANÇA (An American Romance)
Real. King Vidor.
Arg. Herbert Dalmas, William Ludwig. Fot. Harold Rosson. Mús. Louis Gruenberg. Int. Brian Donlevy, Ann Richards, Walter Abell, John Qualen, Horace McNally, Ray Teal, etc. Prod. MGM, USA, 1944.
Duração: 122 minutos (versão do realizador 151 minutos). Cor.
A saborosa e longa vida de um operário imigrante europeu que ascende na escala social como grande senhor da indústria, da opulência e do poder.
Terça-feira, 9 de Outubro, às 22h00
HUMBERTO D (Umberto D)
Real. Vittorio De Sica.
Arg. Cesare Zavattini. Fot. G. R. Aldo. Mús. Alessandro Cicognini. Int. Carlo Battisi (Umberto Domenico Ferrari), Maria Pia Casilio (Maria, a criada), Lina Gennari ( a dona da pensão), etc. Prod. Rizzoli, Itália, 1951.
Duração: 80 minutos. P.b.
Umberto Ferrari é um idoso que vive com grandes dificuldades dada a sua magra reforma de professor. É obrigado a vender os bens que ainda lhe restam, especialmente livros. A tristeza toca as raias do desespero. Cultiva o diálogo com a criada da pensão, uma jovem, também ela infeliz por ser pobre. Umberto, tenta em vão a mendicidade, mas sua dignidade impede-o de “passar aos actos”. Resta-lhe o suicídio, escolhendo como meio a via férrea, onde espera a morte. Mas o seu cão de companhia salva-o. Então, brinca com o animal, e ávida, miserável, continua…
Quinta-feira, 11 de Outubro, às 19h30
A PASSAGEIRA (Pasazerka)
Real. Andrzej Munk (concluído por Witod Lesiewicz).
Arg. A. Munk, Zofia posmysz-Piasecka, segundo o romance homónimo desta. Fot. Krzysztof Winiewicz. Mús. Tadeusz Baird. Int. Aleksandra Slaska (Liza), Anna Ciepietewska (Marta), Jan Kreczmar (Walter), Marek Watczewski (Tadeusz). Prod. Film Polski, Polónia, 1961-63.
Duração: 75 minutos. P.b.
Num navio com destino à Europa, Liza, ex-carcereira S.S. em Auscwitz, crê reconhecer uma antiga prisioneira conduzida à câmara de gás, Marta. As imagens do campo de concentração vêm-lhe à memória e procura reorganizá-las em dois registos narrativos: um destinado ao marido, o outro como improvável auto-justificação.
Segunda-feira, 15 de Outubro, às 19h30
A SANTA ALIANÇA
Real. Eduardo Geada.
Arg. E. Geada, Edgar Gonsalves Preto, Manuel Machado da Luz. Fot. Manuel da Costa e Silva. Mús. Pedro Osório. Int. Io Apolloni, Lia Gama, Henrique Viana, Helena Isabel, Paulo Duarte, etc. Prod. Instituto Português de Cinema, Portugal, 1975-77. Estreia: 20.01.80 (City Cine, Lisboa)
Duração: 117 minutos. Cor.
“A Santa Aliança” é uma das mais lúcidas reflexões que o cinema produziu sobre (os anos de 1974-75). Situado em interiores burgueses, fascinado e repelido pela sua representação, este filme fala de um Poder que não é destrutível pela corajosa aventura de vinte capitães. Amor indecidido por dois personagens (o de Io Apolloni, militante ingénua e voluntarista, o de Lia Gama, mulher burguesa que se entedia, transgride e morre), filme atravessado pelo erotismo e pelo prazer, material de compra e venda, como tudo, ficção onde a Revolução está off (…) Sem fazer o gosto “à esquerda”, sem apaziguar, sem simplificar, sem demagogia. (J.L.R.)
Quarta-feira, 17 de Outubro, às 19h30
SAUDADES PARA D. GENCIANA
Real. Eduardo Geada.
Arg. Eduardo Geada, Hélder Costa, Manuel Machado da Luz, segundo a novela homónima de José Rodrigues Miguéis. Fot. Manuel da Costa e Silva. Mús. Paulo Brandão. Int. Estrela Novais, Luís Lucas, Hélder Costa, Maria do Céu Guerra, Rita Ribeiro, Artur Semedo, Henrique Viana, António Feio, etc. Prod. Animatógrafo, Portugal, 1985-86. Estreia: 31.01.86 (Hollywood e Las Vegas, Lisboa)
Duração: 90 minutos. Cor.
Na carreira de Eduardo Geada (…) “Saudades para D. Genciana” é, certamente, o seu filme com melhores condições de produção, mais complexidade técnica e , também, mais audaciosos objectivos. (…) A tentativa de ir buscar elementos da revista, ou da “comédia à portuguesa” 8º que vem dar no mesmo), quer nos diálogos, quer na escolha de alguns actores (como Henrique Viana ou Artur Semedo), revela-se, por seu lado, mal enquadrada num corpo geral que devia ser risível e dramático e é apenas dramaticamente risível. (…) (J.L.R.)
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